domingo, 30 de maio de 2010

Desconfiados...

Olá amigo leitor, como vai?
Quem vos escreve é Raul.
Primeiro gostaria de reforçar que meu sumiço e dos meninos em meados de junho é mais que natural: se você não se lembra, somos universitários, e fim de período é aquele caos total. Mas juro que faremos o maior esforço possível para postar aqui - assim como agora, são uma da madruga e eu tô aqui, mesmo sabendo que as seis da matina tenho que tá de pé!
Bem, prossigamos.
Esses dias eu estava conversando com uma amiga de como tem homem comprometido aqui em Viçosa que fica nesses chats e pegações Ltda. E o pior: eles procuram outros caras, mas são comprometidos com mulheres. Disse pra ela que eu mesmo desconfiava de uma penca de amigos nossos que poderiam ter tal comportamento. Ela não acreditou, e me disse que não desconfiava de ninguém. Pois bem, passou.
Em um outro dia, nova ocasião e assunto esquecido, eu e esta mesma amiga estávamos lanchando em um estabelecimento e fomos pagar o consumido no caixa. Ela pagou primeiro, e o funcionário do caixa - homem- fez como manda o protocolo. Chegou a minha vez, eu fui pagar no cartão e o funcionário puxou aquele tedioso papo para preencher o tempo em que a máquina processa sua transação. Eu, educado, respondi. Ele sorriu pra mim e deu aquela olhada que qualquer um de nós - meninos que amam meninos - sabe reconhecer.
Quando saí de lá, comentei com a minha amiga que achei suspeito. Minha amiga riu, e disse que eu estava "vendo coisas de mais".
Fui pra casa bem pensativo nesse dia. Será que vivemos mesmo em um mundo de desconfianças?
Vivemos. A resposta é mais que positiva.
Não conheço um menino que curte meninos que não tem essa cisma: "será que ele é?", "ele me trai"?, "ele é assumido"?... vivemos cercados de desconfianças.
Quem está nesse mundo há algum tempo sabe que desconfiar é estratégia de sobrevivência.
Mas por que isso?
Qual será o motivo desse comportamento desconfiado em massa?
Bem, eu não vejo resposta pra isso.
Eu mesmo já fui muitas vezes traído, trocado por uma mulher bem embaixo do meu nariz, levei inúmeros bolos de caras que "haviam me achado lindo" e fiquei com alguns caras que "se casariam em breve" - e não seria comigo.
Nossa relações nascem desconfiadas e crescem na desconfiança. E ainda tentam me punir por eu ser inseguro. As vezes acho que realmente o mais correto é nadar a favor da maré: parar de desconfiar e ser motivo de desconfiança.
Quando a gente dá as respostas sempre aparece quem faça as perguntas.
E uma coisa é fato: no meio de tanta incerteza o solo torna-se ainda mais infértil para os relacionamentos.
Aos que procuram um relacionamento, acredito que isso só torne-se possível quando as desconfianças se extinguirem.
Como não tenho muita estrutura para tal comportamento eu vou investindo na minha carreira acadêmica. Assim eu estudo mais e perco menos tempo com incertezas...
Aos aventureiros...boa sorte!

Raul

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